Ouriço Amazônia desenvolve produtos utilitários, decorativos e ornamentais com o OURIÇO -casca onde se acomodam as amendoas da Castanha da Amazônia (ou do Pará), Bertholletia excelsa.

A pigmentação interior de algumas peças -como a tigela- é manual. Mistura-se os pigmentos de urucu (Bixa orellana) e açafrão-da-terra (Curcuma longa) com a própria castanha passando a massa no interior das peças tal como os Povos Indígenas pigmentam seus corpos e utensílios.
Para manter a originalidade da matéria-prima e a proposta ecológica, as peças são impermeabilizadas com um composto de óleo de copaíba (Copaifera langsdorfii) e mel silvestre.

Os produtos utilitários levam no interior o Verniz Ecológico, desenvolvido pelo Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica. www.idhea.com.br

A difusão e comercialização desses produtos é uma das alternativas de sustentação das
Castanheiras em Pé!
Salve Floresta Tropical Amazônia!

As tigelas são impermeabilizadas com o ecoverniz


O título deste paper é uma frase que ouvi da voz entoada de uma senhorinha chamada Berta Becker. Geógrafa e professora na UFRJ é uma das grandes especialistas em Amazônia. De uma platéia basicamente de estudantes da UFOPA e altamente conhecedora de sua importância foi ovacionada toda vez que os apresentadores a convocavam ou a saudavam para compor a mesa. Tinha a missão de colocar em pauta a reflexão sobre “A Geopolítica e o Desenvolvimento Regional no Oeste do Pará”, na programação do Seminário Tapajós, Perspectivas de Emancipação do Estado do Tapajós. Este por sua vez, organizado pelo GT-Tapajós da UFOPA, em sua sede em Santarém, com apoio da prefeitura, nos dias 26 e 27 de outubro. O evento faz parte dos debates em torno do plebiscito agendado para o dia 11 de dezembro de 2011 por forças políticas e empresariais adversas à ampla e inclusiva discussão em torno de um modelo de desenvolvimento calcado nas especificidades locais. 
http://www.slideshare.net/ouricoamazonia/estado-do-tapajos-conferencia-senhorinha-berta-becker-10026744

Rio Arapiuns, berço dos trançados em palha de tucumã

Rio Arapiuns,
berço dos trançados em palha de tucumã

O caboclo não ri, sorri apenas; e a sua natureza contemplativa revela-se no olhar fixo e vago em que se lêem os devaneios íntimos, nascidos da sujeição da inteligência ao mundo objetivo, e dele assoberbado. Os seus pensamentos não se manifestam em palavras por lhes faltar, a esses pobres tapuias, a expressão comunicativa, atrofiada pelo silêncio forçado da solidão. Haveis de ter encontrado, beirando o rio, em viagem pelos sítios, o dono da casa sentado no terreiro a olhar fixamente para as águas da correnteza, para o bem-te-vi que canta na laranjeira, para as nuvens brancas, levando horas e horas esquecido de tudo, imóvel e mudo em uma espécie de êxtase. Em que pensará o pobre tapuio? No encanto misterioso da mãe d’água, cuja sedutora voz lhe parece estar ouvindo no murmúrio da correnteza? No curupira que vagabundeia nas matas, fatal e esquivo, com o olhar ardente, cheio de promessas e de ameaças? No diabólico saci-pererê, cujo assobio sardônico dá ao corpo o calafrio das sezões? Em que pensa?
Na vida? É talvez um sonho, talvez nada.
É uma contemplação pura.
Inglês de Sousa, 2005


A Amazônia abriga uma grande variedade de matérias primas florestais –frutos e ouriços, sementes, palhas, fibras, enviras, entrecascas, talas– que tramadas, trançadas, tecidas, entalhadas, incisadas, furadas e fiadas, cozidas em pigmentos transformam-se em objetos utilitários e ornamentais de uso cotidiano, um dos grupos que abrangem os chamados produtos florestais não madeireiros (PFNMs) (Clay et. al., 2000; Zarin et al. 2005). Cada qual com características antecedentes próprias da multiplicidade étnica que se faz presente há milhares de anos na maior Floresta Tropical do Planeta (Pires-O’Brien & O’Brien, 1995; Furtado, 2008, Shaan, 2008).
A premência de conservação e preservação dos recursos naturais sob a ótica do desenvolvimento sustentável (Relatório Brundland, acesso 2007; Diegues, 1999, 2008; Lima e Pozzobon, 2001; Reigota, 1999, Clement et al, 2003), e humanos, posto que, a Floresta Amazônia abriga em torno de 20 milhões de habitantes numa “floresta urbanizada” (Becker, 2008), a potencialidade socioambiental amazônica gerou por parte dos atores institucionais, uma busca por alternativas que conjugassem conservação e geração de renda sustentável para as tantas outras milhares de comunidades tradicionais ribeirinhas. Manter a Floresta Amazônia em pé e em torno de PFNMs não é uma tarefa fácil, mesmo porque os maiores mercados nacionais e internacionais e suas conseqüentes cifras rondam a indústria do setor madeireiro (Zarin et al., 2005).
A promoção de atividades geradoras de renda de cunho extrativista e agricultura familiar em torno de objetos do cotidiano funde conhecimentos tradicionais e científicos. A autora estuda essas dinâmicas através de consultorias voltadas para a gestão de grupos comunitários em produção artesanal há mais de sete anos. Desse envolvimento, nasceram parcerias fundamentais com a Cooperativa das Oficinas Caboclas do Tapajós Arapiuns; Cooperativa dos Produtores Rurais, Agroextrativistas, Artesãos e Artesãs do Lago Grande do Curuai (COPALC) e Grupo de Desenvolvimento Local de Santo Antonio/ Resex Renascer-Prainha-PA Centro de Apoio a Projetos de Ação Comunitária (CEAPAC)/; Projeto Saúde e Alegria/ Tucumarte e Tramas Cores; Trançados do Arapiuns/ CEAPAC/ Sebrae; Aíra/ Associação das Artesãs Ribeirinha de Santarém (ASARISAN)/ Sebrae; EcoCouro de Maguari e Tecbor de Jamaraquá/ Floresta Nacional do Tapajós/ Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), assim como a concepção da marca Ouriço Amazônia, que desenvolve objetos utilitários, decorativos e ornamentais do ouriço da Bertholletia excelsa. Dessas trocas de conhecimentos originaram também a dissertação de especialização em Ecoturismo, Interpretação e Planejamento de Atividades em Áreas Naturais, pela Universidade Federal de Lavras (UFLA).

A fusão dos conhecimentos científicos –carregando inovação e tecnologia– ao adquirido pela vivência dos povos na floresta –saberes e práticas tradicionais– é um caminho de oportunidades para a conservação dos recursos naturais e a sobrevivência digna dos povos e comunidades na floresta. Dessa forma, os PFNMs de utilitários, ornamentais e decorativos se constituem numa estratégia de resgate e manutenção do patrimônio social, cultural e ecológico de uma sociedade (Medeiros, 2008, p.12).
A área de abrangência es­­ta localizada as margens do Rio Arapiuns, em algumas comunidades que trazem em suas bagagens históricas a técnica da arte de trançar a palha de tucumã (Astrocarium vulgare), no município de Santarém, Médio Amazonas Paraense. A região se apresenta ricamente diversificada em técnicas tradicionais com apuro estético que remonta os povos ceramistas “datadas entre 7.600 e 7.335 anos AP, indicando que a cerâmica produzida na Taperinha (sítio arqueológico nas mediações de Santarém) era a mais antiga do continente” (Shaan, 2008, p. 32). Atualmente, artistas inúmeros nas artes plásticas, no trabalho de entalhe em madeira, na música, nas artes cênicas despontam fazendo da localidade um virtuoso cenário estético. Nesse contexto, é relevante mencionar o expressivo número de organizações socioambientais, movimentos populares fortes e históricos como o Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém demonstrando as possibilidades e parcerias na promoção da organização política e social das comunidades.
O sucesso para a promoção dos PFNM se relaciona com o reconhecimento dos saberes e práticas locais. Com base nesses, a elaboração de instrumentos adequados a conservação dos sistemas agroflorestais e ambientes associados se constitui em uma nova concepção sobre a questão da sustentabilidade do extrativismo. Após um longo período de prática extrativista voltada ao mercado exterior, gerenciada pelos patrões dos seringais e outros intermediários no processo, a extração dos produtos da floresta passa tomar outra dimensão. Sob o suporte e apoio técnico de instituições, governamentais e não governamentais, e de movimentos da sociedade civil, as iniciativas locais tem se desenvolvido com o objetivo de conciliar qualidade de vida social com ambiente conservado. A utilização de produtos florestais passa a ser valorizada sob uma perspectiva mais ampla, considerando-se a diversidade e complexidade das atividades econômicas que estão associadas às formas de subsistência dos povos da floresta (Nakazono, 2007, p. 24).

Muitas dessas comunidades realizam diretamente as interações com mercados nacionais e internacionais, e seus nichos de públicos alvos, aproximando os grupos de artesanatos e suas tecnologias sociais ao modelo de vida associado a civilização ocidental capitalista e global. Os objetos originaram-se como utensílios do cotidiano carregados de simbologia ancestral, e são comercializados com o pressuposto socioambiental, imersos na concepção de indicação geográfica, produtos com origem.
Nesse sentido o artesanato demonstra de alguma forma a cultura e identidade de um povo e contribui para, diante da massificação gerada pela globalização, tornar visível a identidade de cada agrupamento humano, que é construída a partir das expectativas vividas no espaço, em que lhes cabe viver e contribuindo para a manutenção da característica fundamental da humanidade que é sua diversidade. (Dunlop, 2001, in Almeida, 2008). 
Antes, produzir artefatos utilitários a partir de matérias primas florestais era exclusivamente uma identidade cultural de uso cotidiano. As mudanças globais avançaram e conduziram a uma nova realidade: produção de mercado para apoiar a diversificação de renda criando oportunidades de trabalho e a circulação de moeda para o desenvolvimento rural local. Movimentos estéticos, econômicos socioambiental cultural? Modernidade ou pós-modernidade? Antes que as comunidades pudessem entender de fato as mudanças ocasionadas com o advento tecnológico das comunicações e transporte, a instantaneidade e simultaneidade do tempo já permeavam os espaços de suas realidades.
            Portanto, esse estudo pretende como objetivo investigar as relações socioculturais advindas do fortalecimento de tecnologias sociais alternativas e geradoras de renda pela produção de artefatos culturais utilitários em palha de tucumã do cotidiano no contexto global contemporâneo em comunidades ribeirinhas do Rio Arapiuns, Santarém, Médio Amazonas Paraense. O trabalho tem por objetivos específicos, (1) demonstrar que as alternativas geradoras de renda calcada em produção de objetos artesanais podem unir modos de produção e conservação de “florestas produtivas” manejadas (Zarin et al., 2005) alterando a paisagem do uso cultural e tradicional de elementos do cotidiano (modificando status quo) convertidos em objetos utilitários, decorativos e ornamentais contemporâneos (design e movimentos estéticos); (2) averiguar os processos (condições) de trabalho na constituição de uma nova relação de trabalho no contexto global; (3) catalogar os principais teçumes da palheira tucumã, pigmentos, origens e significados.

 
Por que estudar artesanias em palha de tucumã?
            Na literatura acadêmica encontramos uma vasta bibliografia referente as cadeias produtivas sustentáveis de produtos florestais não madeireiros da produção agrícola e extrativista na Amazônia (entre eles açaí, farinha, castanhas, óleos, entre outros) (Clay et. al., 2000). Aquelas voltadas para os artefatos culturais de uso cotidiano indígena são amplas e mais consistentes por suas peculiaridades antropológicas, mais especifico em artesanato indigena tem-se o considerável trabalho de Berta Ribeiro. A produção científica voltada para o desenvolvimento das artesanias socioculturais de cunho tradicional ribeirinho é considerável, entretanto faz-se necessário resguardar a historia do artesanato em palha de tucumã da região do Rio Arapiuns, desenvolvida por populações não indigenas. 
Urus, chopós, barcas, mandalas, cestas e cestões, em palha de tucumã são típicos artefatos da região do Rio Arapiuns e suas redondezas: Lago Grande do Curuai e o Rio Tapajós! As cores são tradicionalmente oriundas de plantas e raízes como a mangarataia, capiranga, jenipapo, urucu, crajirú. A palha é pigmentada usando técnica ancestral. Em se tratando de Amazônia, na avalanche global é uma premissa resgatar e conservar o patrimônio cultural dos povos!
 
A importância do trabalho recai também na interface com o turismo responsável e sustentável, do ecoturismo, constituindo-se um dos segmentos do trade turistico, apontado pelo Sebrae como o próprio destino. O artesanato constitui-se em uma “contrapartida a massificação e uniformidade dos produtos globalizados, pois promove o resgate cultural e a identidade regional” (Sebrae, 2004, p. 13).  

O artesanato não quer durar milênios nem está possuído da pressa de morrer prontamente. Transcorre com os dias, flui conosco, se gasta pouco a pouco, não busca a morte ou tampouco a nega: apenas aceita este destino. Entre o tempo sem tempo de um museu e o tempo acelerado da tecnologia, o artesanato tem o ritmo do tempo humano. É um objeto útil que também é belo; um objeto que dura, mas que um dia porém se acaba e resigna-se a isto; um objeto que não é único como uma obra de arte e que pode ser substituído por outro objeto parecido, mas não idêntico. O artesanato nos ensina a morrer e, fazendo isto, nos ensina a viver (Octavio Paz, in Sebrae, 2004, p. 16).

O artesanato ressurge num mundo onde tudo é industrial. O que antes era de uso cotidiano se reconstrói, se repete de maneira cíclica o que se acreditava estar ultrapassado. Maffesoli (pg. 146-147, 1995) ainda ressalta que “é isso que permite falar de maravilhamento, de reencantamento. O imaginário, o simbólico, o onírico, o festivo, são alguns dos parâmetros que exprimem melhor um tal processo.” 

“Artesanato é uma palavra inventada. Para o índio, na realidade, é arte, faz parte da nossa vivência, da nossa vida e cultura. Esses materiais eram trabalhados com os velhos. Através desse trabalho podemos identificar os povos. Aqueles artesanatos que são feitos a partir dos produtos dos brancos é que são os artesanatos” (Bonifácio, 2002, p. 19, in Nakazono, 2007, p. 48).

A catalogação dos grafismo e dos pigmentos são fatores condicionantes no apoio ao marketing socioambiental dos objetos e suas comunidades, dando suporte e subsidios  para a publicidade dos produtos gerados dos destinos turísticos (Sebrae, 2004; Maffesoli, 1995). Quanto mais informação o objeto carrega na forma de layout gráfico e audiovisual mais contundente e diferenciada será sua eficácio no mercado.

Em cada um desses casos, o “produto” em questão só é aceito quando é posto em forma, quando sabe aparecer, quando nos empenhamos em embelezá-lo, em pô-lo em imagem, em suma, quando nos dedicamos a epifanizar sua aparência. (...) símbolos que apresentam a especificidade  ou a característica da instituição  ou do lugar em questão. Em cada um desses casos, os profissionais da imagem, as agências de comunicação empenham-se em tornar visivel, sob uma forma determinada, a força invisivel que anima, ou qu julga animar a instituição que a eles esta apelando (Maffesoli, 1995, p.146-147).

Existe uma demanda por parte da sociedade de informações sistemáticas sociais, culturais e científicas sobre o universo artesanal como tecnologia social e sua importância inovadora para o desenvolvimento rural local, mais especificamente as organizações governamentais, não governamentais e empresariado local que já trabalham e/ou que manteem trabalhos regulares com o meio rural. Sobretudo que contribua na construção de processos sociais e econômicos justos e solidários em consonância com princípios e postulados firmados em âmbito internacional e nacional. E que possam orientar políticas publicas para a região de abrangência. Prover a população, tanto a produtora como a sociedade civil, de produtos com reverência de origem, estudando e repassando resultados pode constituir em um poderoso instrumento de educação ambiental.
De que modo a globalização alterou as relações socioculturais das comunidades produtoras de artesanato em palha de tucumã? A produção social pode ocorrer através de relações comerciais? Essas conexões podem ferir culturalmente e socialmente? Existem, de fato, mudanças de cunho cotidiano transformadoras de realidades usando objetos como via de gerar renda em mercados globais?


Referências
ALMEIDA, J. B. Artesanato, identidade e desenvolvimento. Revista Brasil Feito a Mão, Belo Horizonte, MG, ano 2, n°.4, junho 2008. 05-07p.
BECKER, K. B. & STENER, C. Um futuro para a Amazônia. São Paulo/SP: Oficina de Textos, 2008.
CLAY, J.W. et al. Biodiversidade amazônica: exemplos e estratégias de utilização. Manaus: Programa de Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico, 1 edição. 2000. pg. 1 a 41; 119 a 131; 375 a 378; 388.
CLEMENT, C.R., VAL, A. L., OLIVEIRA , J. A. O desafio do desenvolvimento sustentável na Amazônia. T&C Amazônia, Ano 1, no 3. 2003. Disponivel em https://portal.fucapi.br/tec/imagens/revistas/ed03_04.pdf . Acesso em 18/01/2009.

DIEGUES A.C. (org) Desmatamento e modos de vida na Amazônia. Versão em PDF julho 2005. São Paulo: NUPAUB. 1999

FURTADO, R. (org.). Scientific American Brasil. São Paulo: Duetto Editorial (Coleção Amazônia: n°. 1 Origens). 2008.

GUATARRI, F.; ROLNIK, S. Micropolitica: cartografias do desejo. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 1986. 330p.

GUATARRI, F. As três ecologias. Campinas, SP: Papirus. 1990.58p.

LIMA, D.; POZZOBON, J. Amazônia socioambiental. Sustentabilidade ecológica e diversidade social. Artigo em versão reduzida da publicação em D'Incao, M. A.; Vieira I. C.; Silva, J. M. C.; e Oren, D. (eds.), Diversidade biológica e cultural da Amazônia hoje, Belém, Museu Paraense Emílio Goeldi/ MCT, 2001. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010340142005000200004-&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em 26 ago. 2008.
MAFFESOLI, M. A contemplação do mundo. Porto Alegre/ RS: Artes e Ofícios Ed. 1995. 168.

MEDEIROS, T. H., Potencial da produção de artefatos de mercado como ferramenta de
utilização racional da floresta no desenvolvimento local. Dissertação de especialização. Lavras: UFLA, Departamento de Educação Física, Pós-graduação Lato Sensu  em Ecoturismo, Interpretação e Planejamento de Atividades em Áreas Naturais. 2008. 74p.

NAKAZONO, E.M. O empreendimento local do artesanato em fibras vegetais, Amazônia Brasileira. Tese de doutorado. Belém: UFPA, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Sustentável do Tropico Úmido. 2007. 309p.

PIRES-O’BRIEN, M.J.; O’BRIEN, C.M. Ecologia e Modelamento de Florestas Tropicais. Belém: Ministério da Educação, Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Serviço de Documentação e Informação, 1995. 400p.
REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. 3ª ed. São Paulo: Questões de nossa época, Cortez, 1998. 90p.
SCHAAN, D. P. A Amazônia antes do Brasil. Scientific American Brasil. FURTADO, R. (org.). São Paulo: Duetto Editorial (Coleção Amazônia: n°. 1 Origens). 2008. 28-35p.
SEBRAE. Programa Sebrae de Artesanato. Março de 2004. Acervo Clecy Costa. Acesso 01/08/2009.
SOUSA, I. Voluntário. Contos Amazônicos.  São Paulo/ SP: Editora Martin Claret, 2005.
ZARIN, D. J. et al (orgs.). As florestas produtivas nos neotrópicos: conservação por meio do manejo sustentável? Traduzido por Rutecleia Portilho Zarin e Patricia Delamônica Sampaio. São Paulo/ SP: Peirópolis, Brasília/ DF: IEB- Instituto Internacional de Educação do Brasil, 2005.

Arapiuns: origem dos famosos trançados em palha de tucumã na Amazônia

Os trançados em palha de tucumã (Astrocarium vulgare) é um legado cultural para algumas comunidades ribeirinhas do rio Arapiuns, Santarém, Pará.
Em geral, são as mulheres que colhem a palha,  tingem com pigmentos naturais e tecem. Os cestos eram usados como utensilios domesticos. Hoje em dia, os objetos do cotidiano tornaram-se artefatos decorativos, utilitarios e ornamentais.
São produzidos para a comercialização como uma alternativa de renda para as familias que detem a tecnica.
Na Feira dos Produtores Rurais do Baixo Amazonas, que esse ano faz parte do V Forum PanAmazonico, estão representadas as comunidades Do Arapiuns que desenvolvem a arte de tecer o tucumã transformando teçume em objetos de pura originalidade em forma e cores.

Urucureá
Vila Brasil
Arimum
Pedreira
Coroca
Vista Alegre

 Da esquerda para a direita: Maria Lucinete, Grupo Jararaca da Comunidade Arimum, área doAssentamento Agroextrativista Lago Grande; Luzia dos Anjos, Grupo Arte e Palha da Comunidade São Miguel, area da Resex Tapajós Arapiuns; e Ana Claudia, Grupo Tamoarte de Vila Brasil, área do Assentamento Agroextrativista Lago Grande



Rosangela e Isabel, Grupo Tucumarte da Comunidade Urucureá, e Paulo, do grupo de artesanato em jacitara, Comunidade Vila Amazonas; ambas da área do Assentamento Agroextrativista Lago Grande

Ouriço Amazônia: Ouriço Amazonia e Oficinas Cabolas do tapajos Arapiuns no PanAmazônico

Ouriço Amazônia: Ouriço Amazonia e Oficinas Cabolas do tapajos Arapiuns no PanAmazônico

Ouriço Amazonia e Oficinas Cabolas do tapajos Arapiuns no PanAmazônico



Desde ontem (25 de novembro de 2010) a X Feira dos Produtores Rurais do Baixo Amazonas-FEPAM/BAM apresenta produtos originais da região. São objetos artesanais oriundos de materias primas sustentaveis. Experiencias de grupos comunitários como alternativa de geração de renda. OC do Tapajos Arapiuns apresenta seus bancos, mesas, tabuas e bichinhos oriundos do universo tradicional dos povos que habitam as margens dos rios.

Ouriço Amazonia esta presente como parceiro na promoção dos artefatos da Amazonia!

Ouriço Amazônia

Ouriço Amazônia/pilão
Ouriço Amazonia,Tucumarte e Trançados do Arapiuns participaram da exposição que a Cooperativa das Oficinas Caboclas do Tapajos Arapiuns -www.oficinascaboclas.com.br- montou no 
Simposio de Manejo Florestal na Amazonia Brasileira e
Seminário dos 30 anos de Pesquisa Florestal na Flona Tapajos! Santarém,18 a 21 maio/2010

A convite do Serviço Florestal Brasileiro/Santarém a exposição também tinha o objetivo de divulgar e comercializar as experiencias de produtos florestais não madeiros.


Na paralela, estavam o Ecocouro de Maguari -Flona Tapajós, Belterra

 e o Pukirum (artesanto em ouriço de Bertholletia excelsa dos quilombolas do Lago Erepecu, Oriximiná).


Os prendedores de ouriço são fechados com palitos de madeira, em geral cumaru (Dipteryx odorata)
Peças para comercialização em escala: porta guardanapo Piracatu, porta lápis e/ou porta papel e peso para papel, tigelas, conchas e escumadeiras, pulseiras, prendedores de cabelo, velas de andiroba mais citronela e coloridas.

Ouriço Amazônia